terça-feira, 29 de abril de 2008

Entrando na crise

Queria entender o mundo antes dos quarenta anos. Isso já pensava em minha adolescência. Quando criança era mais radical, queria “morrer” antes dos quarenta, antes de ficar velho. Faz sentido. Sempre fez. Já nasci com a lembrança de minha programação akáshica, reconhecer, por conta própria, o inútil modo de vida desta humanidade em nível primário de evolução.
Morrer era, para aquele menino, morrer mesmo.

Hoje eu morri, e antes dos quarenta. Morri para um modo de vida velho e vicioso.

Ser ponderado depois de velho, pensava, não teria muitos méritos, embora seja melhor desencarnar sabendo, que na ignorância.

Foi na adolescência que decidi entender a vida antes dos quarenta. Foi uma grande luta, muito sacrifício, muita meditação, muita reflexão, muitas decepções, mas entendo a eternidade, o infinito, o cosmo, a existência, e isso, caros irmão, não tem preço, vale cada segundo de dedicação. É preciso querer morrer por isso, é preciso morrer para isso. Para conhecer a verdade é preciso sacrificar tudo! Até mesmo sua própria existência. Porque é morrendo que se vive a vida eterna. Morrendo para este velho ponto de vista humano, para o egoísmo exacerbado da posse e do desejo, infantil, de parecer mais e melhor que os demais. Quem tem a melhor roupa, quem tem o melhor carro, quem tem mais poder?

O ser humano é presunçoso e arrogante, e precisa mesmo de muito pouco para isso, os egípcios antigos já se consideravam deuses! Uns seres se consideram melhores que outros. Isto sim é ser infantil.

Não tenho nada e não sou melhor que ninguém. Sou apenas eu, e Deus nunca me prendeu.

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